Relacionamentos sejam eles familiares, amorosos, profissionais ou de amizade são complexos e muitas vezes trazem muitas dificuldades e sofrimentos. Se a pessoa tem uma autoestima (visão que tem de si mesmo (a)) negativa isto pode interferir de forma intensa na relação que tem com o outro já que não tem uma boa relação consigo. Isto é complexo e demanda tratamento e autoconhecimento que faz parte do processo de psicoterapia. 

Como nos relacionamos com as pessoas que temos afeto mostram como nos relacionamos conosco. Relacionamentos abusivos mostram que permitimos que a outra pessoa nos trate mal, pois internamente nos tratamos da mesma forma. 

A partir do momento que passamos a cuidar da maneira de como nos tratamos, adquirindo mais autoestima passamos a escolher relacionamentos mais saudáveis em todos âmbitos de nossa vida e adquirimos força para romper com aqueles que descobrimos ser destrutivos. 

Não é simples sair de um relacionamento abusivo pois ele pode se mostrar ambivalente onde temos também aspectos positivos misturados com os destrutivos. Por isso, muitas pessoas acabam ficando anos nessas relações sentindo-se aprisionadas. O que é sentido como positivo na relação muitas vezes são migalhas de afeto com as quais a pessoa fica aprisionada com medo de abandonar a relação e sentir-se desamparada ou sozinha. 

A partir do momento que ela compreende que estar sozinha não é estar sentindo solidão necessariamente e trabalha sua autoestima colocando-se como prioridade e fonte de seu próprio afeto, ela tem maior capacidade de abandonar a relação abusiva e aprender a cuidar-se e se tornar sua principal prioridade. 

A psicoterapia é o auxílio para esse caminho de autodescoberta, autoconhecimento e fortalecimento interno para que ela consiga dar esse passo importante e necessário em sua vida, que sozinha não está conseguindo. 

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